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Natal Luz Encantos do Sertão

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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

STF CONDENA HOMEM QUE SENTOU NA CADEIRA DE MORAES A 14 ANOS DE PRISÃO


A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a 14 anos de prisão o homem que fez uma live sentado na cadeira do ministro Alexandre de Moraes durante os atos de 8 de janeiro de 2023. O julgamento ocorreu no plenário virtual e foi encerrado nesta terça-feira (16).

Nas alegações finais, a Procuradoria-Geral da República (PGR) relatou a frase dita por Aildo Francisco Lima durante os atos: “Aê pessoal… essa daqui é a cadeira do ‘Xandão’. Tô sentado na cadeira do ‘Xandão’. P*, agora eu sou um ministro da Corte. Vamos lá, c*”.

O advogado Paulo Emílio Catta Preta de Godoy, que representa Lima, afirmou que seu cliente não entrou em nenhum prédio público, destacando que a cadeira do ministro já havia sido retirada do plenário.

“No dia 8 de janeiro, a sua conduta limitou-se a sentar em uma cadeira localizada do lado externo do prédio [do STF] e gravar um vídeo para o seu próprio registro. [Ele] não publicou o vídeo em qualquer rede social”, disse Godoy.

Segundo o advogado, o vídeo foi publicado por engano no status do WhatsApp. “Uma terceira pessoa grava com seu próprio telefone a tela do status do WhatsApp e faz o registro dessa breve publicação e encaminha à Polícia Federal”, explicou Godoy.

O defensor apontou que pode ter ocorrido uma “possível edição fraudulenta” do vídeo, pois seu cliente sustenta que não proferiu palavras de baixo calão.

Lima foi preso preventivamente na 17ª fase da Operação Lesa Pátria, realizada em 27 de setembro de 2023. Em abril deste ano, ele foi para a prisão domiciliar, com a imposição de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica.

Ele foi condenado pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

EXALTADO, MALAFAIA DETONA MAIS UMA VEZ A ESCOLHA DE BOLSONARO POR FLÁVIO À PRESIDÊNCIA: “NA-NA-NI-NA-NÃO”

O pastor Silas Malafaia disse que Jair Bolsonaro escolheu o filho, o senador Flávio Bolsonaro, para ser candidato à Presidência da República em um momento em que o ex-presidente está fragilizado emocionalmente.

Em entrevista  para o Metropóles, o líder religioso afirmou que respeita Flávio, mas não aceita essa decisão do ex-presidente.

“Eu não tenho nada contra o Flávio. Sou amigo de toda a família. O Flávio tem seus valores. Mas fico aqui pensando: o presidente Bolsonaro está debilitado emocionalmente. Quando essa turma do PT recebeu condenações, ninguém ficou emocionalmente abalado porque, quando a pessoa sabe o que faz, ela não entra em depressão. Já a injustiça leva à depressão”, Sou psicólogo, sei o que estou falando. A pessoa, quando se sente injustiçada, pode levar à angústia e a quadros de depressão. Então, como o filho de Bolsonaro, numa conversa particular, em um momento emocional de Bolsonaro, ele vai lá e tira a candidatura e chega aqui e diz: ‘Meu pai diz que sou eu e acabou’. Na-na-ni-na-não. Não é assim. Temos que entender que é uma construção”, disse.

Malafaia prefere que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), seja o candidato à Presidência, com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) como vice na mesma chapa. Já Flávio Bolsonaro tem afirmado que sua candidatura à Presidência é “irreversível”.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

EXECUÇÃO NA MADRUGADA CHOCA LAJEDO: JOVEM É ENCONTRADO MORTO A TIROS NO BAIRRO BOM JESUS

A tranquilidade da manhã desta quarta-feira (17) foi interrompida por uma cena de violência no bairro Bom Jesus, em Lajedo, no Agreste de Pernambuco. Um jovem de 23 anos, identificado como Clebson Araújo Silva, foi encontrado sem vida em um terreno baldio da comunidade, vítima de disparos de arma de fogo. O crime ocorreu nas primeiras horas do dia e provocou comoção entre os moradores da localidade.

De acordo com informações apuradas no local, populares localizaram o corpo por volta das 6h e acionaram imediatamente a Polícia Militar. Ao chegar, o efetivo constatou que o jovem já estava morto e apresentava marcas de tiros, confirmando a execução. A área foi isolada para o trabalho das equipes especializadas.

Moradores relataram que, durante a noite da terça-feira (16), ouviram estampidos semelhantes a tiros, mas, devido à escuridão e ao silêncio que se seguiu, ninguém conseguiu identificar suspeitos ou veículos que pudessem estar envolvidos no crime. Até o momento, não há informações sobre a autoria nem sobre a motivação do homicídio.

O Instituto de Criminalística realizou a perícia no local, colhendo indícios que possam auxiliar na elucidação do caso. Após os procedimentos técnicos, o corpo de Clebson Araújo Silva foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru, onde passará por exames complementares.

As investigações ficarão sob responsabilidade da Delegacia de Polícia Civil de Lajedo, que trata o caso como homicídio e segue em busca de informações que possam levar à identificação dos autores. A polícia reforça o pedido para que qualquer informação relevante seja repassada de forma anônima, contribuindo para o esclarecimento de mais um crime violento que impacta a população do município.

AMUPE ALERTA: PEC DA SEGURANÇA AMPLIA OBRIGAÇÕES E EMPURRA A CONTA PARA OS MUNICÍPIOS

A Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) manifestou preocupação com os efeitos da Proposta de Emenda à Constituição nº 18/2025, conhecida como PEC da Segurança, ao avaliar que o texto, da forma como está, aprofunda um desequilíbrio federativo ao ampliar responsabilidades dos municípios sem garantir a correspondente transferência de recursos. A posição da entidade foi formalizada em nota divulgada nesta terça-feira (16), assinada pelo presidente da Amupe, Marcelo Gouveia.

Segundo a entidade, a proposta em debate no Congresso Nacional traz avanços conceituais ao reconhecer a segurança pública como uma responsabilidade compartilhada entre União, estados, Distrito Federal e municípios, além de prever a inclusão do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) no texto constitucional. No entanto, a Amupe ressalta que a redefinição de competências impõe um peso adicional às administrações municipais, especialmente nas áreas de prevenção à violência, ordenamento urbano, uso de tecnologias, governança local e atuação das guardas municipais e agentes de trânsito.

Na avaliação da entidade municipalista, essas atribuições já fazem parte do cotidiano das prefeituras e demandam investimentos contínuos, com custos permanentes para os cofres locais. O problema central, aponta a Amupe, é que a PEC não estabelece mecanismos claros de financiamento para sustentar essa ampliação de responsabilidades. Pelo texto atual, os recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) continuariam concentrados na União, nos estados e no Distrito Federal, sem previsão de repasses diretos aos municípios.

Para a associação, esse desenho institucional cria um cenário de assimetria federativa, no qual os municípios passam a assumir novas obrigações legais e operacionais sem dispor de fontes adequadas de custeio. “Há um aumento de responsabilidades, mas não há a garantia de recursos compatíveis para que os municípios possam cumprir o que está sendo proposto”, avalia a entidade, ao defender ajustes no texto da PEC.

A Amupe sustenta que o fortalecimento do SUSP precisa ser acompanhado de um modelo de financiamento mais equilibrado, que assegure a participação direta dos municípios nos fundos nacionais voltados à segurança pública. Na visão da entidade, apenas com a inclusão efetiva das prefeituras no financiamento será possível construir uma política de segurança integrada, cooperativa e sustentável, capaz de articular ações preventivas e operacionais de forma eficiente em todo o território nacional.

Ao final da nota, o presidente Marcelo Gouveia reforça que os municípios não se opõem ao avanço do debate sobre segurança pública, mas alertam para a necessidade de correções no texto da PEC, de modo a evitar que as prefeituras sejam novamente penalizadas com mais atribuições e menos recursos, comprometendo a capacidade de resposta local e a efetividade das políticas públicas.

ALEPE ENCERRA LEGISLATURA COM BALANÇO POSITIVO E RECONHECIMENTO NACIONAL DE PROJETO SOCIAL PIONEIRO

Deputados legislaram, fiscalizaram e cobraram do governo transparência na aplicação dos recursos públicos. Ações sociais bateram recorde de atendimento gratuito e projeto antirracista foi premiado pela inovação em política pública contra o racismo
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) encerra os trabalhos nesta quinta-feira (18) com um balanço positivo da legislatura em proposições, reuniões plenárias e de comissões, ações sociais e de cidadania e mais uma premiação nacional, este ano para o projeto 'Alepe Antirracista', em reconhecimento ao pioneirismo na institucionalização de uma política pública de combate ao racismo no âmbito do Poder Legislativo.

De acordo com dados computados pela Gerência de Estatísticas da Casa, foram realizadas ao longo da 3ª Sessão Legislativa Ordinária, que compreende o período de 1º de fevereiro a 11 de dezembro de 2025, 136 reuniões ordinárias; 14 em caráter extraordinário e 84 solenes, somando um total de 234 reuniões.

Os relatórios demonstram, ainda, a produtividade da Casa Joaquim Nabuco neste ano de 2025. Foram apresentados 999 Projetos de Lei Ordinária; 5 de Lei Complementar; 137 Projetos de Resolução e 10 Propostas de Emenda à Constituição.

Dentre as proposições apresentadas, 267 foram aprovadas como Projeto de Lei Ordinária; uma como Projeto de Lei Complementar; 106 resoluções (atos normativos de competência exclusiva do Legislativo) e três Propostas de Emendas Constitucionais.

Na avaliação do presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto, os números reforçam o dinamismo e o comprometimento das comissões e do plenário. “Cumprimos nossa missão de legislar, sem abrir mão das prerrogativas de debater, fiscalizar e cobrar do governo a devida aplicação dos recursos públicos e dos valores conseguidos pelos empréstimos autorizados. Nos mobilizamos para analisar, esclarecer dúvidas e votar projetos capazes de assegurar avanços e melhorias para o Estado. Acreditamos ter conseguido assegurar os trabalhos legislativos e a boa relação com os demais poderes e a sociedade”, avaliou o deputado.

Orçamento e empréstimos

As questões políticas que tanto permearam as relações entre os poderes Legislativo e Executivo, este ano, não comprometeram a disponibilidade da Alepe em aprovar matérias importantes de iniciativa do Governo do Estado. Dentre elas, a aprovação de quatro pedidos de empréstimo, totalizando recursos da ordem de R$4 bilhões para o Estado.

A Alepe aprovou, ainda, a Lei Orçamentária Anual de 2026 que prevê um orçamento da ordem de R$60,4 bilhões para os órgãos da administração estadual direta e indireta e R$2 bilhões para investimentos das empresas estatais estaduais. O orçamento aprovado pela Alepe destinará R$13,2 bilhões para saúde; R$9,2 bilhões para a educação e R$5 bilhões para segurança pública. O custo da previdência estadual será de cerca de R$10 bilhões, enquanto a área de transporte terá R$2,4 bilhões e o saneamento básico, R$1,4 bilhão.

A Assembleia avalizou, ainda, na versão final do orçamento aprovado para o próximo ano, um acréscimo de R$350 milhões para receitas. No remanejamento de gastos previstos pelo poder Executivo, o orçamento final viabilizou o repasse de R$150 milhões para a construção de um hospital regional em Petrolina e R$92 milhões para ampliação da rede de esgotamento sanitário e melhorias na infraestrutura de abastecimento de água do município.

O orçamento prevê também mais R$34 milhões para os agentes comunitários de saúde em benefícios para aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e outros R$12 milhões para o fortalecimento da saúde bucal. Por outro lado, houve redução de cerca de R$118 milhões no orçamento do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PE), que viriam de operações de crédito.

Além de aprovar projetos de iniciativa do Poder Executivo, a Alepe também contribuiu com as proposições sugeridas pelo Poder Judiciário (um total de 14 projetos aprovados) e pelas instituições autônomas como Tribunal de Contas (04), Ministério Público (03) e Defensoria Pública (02).

Saúde e Cidadania

O ano de 2025 movimentou ainda a Assembleia Legislativa em iniciativas voltadas para a inclusão social com ações gratuitas nas áreas de saúde, cidadania, bem-estar e aprendizagem. O programa 'Alepe Cuida', que desde 2023 oferece uma ampla gama de serviços em parceria com órgãos públicos e privados, chegou a vários municípios do Estado e permanecerá itinerante ainda este ano.

As cidades de Limoeiro, Paulista e Olinda foram as primeiras contempladas com atendimentos gratuitos, somando, respectivamente: 4.818, 4.780 e 3.780. O programa 'Juntos Nos Cuidamos', que reúne as ações do Outubro Rosa e Novembro Azul, bateu recorde de atendimentos gratuitos este ano. Em sua terceira edição, foram mais de 19 mil atendimentos, consolidando a iniciativa no calendário oficial de ações sociais da Alepe.

Para o primeiro secretário da Alepe, deputado Francismar Pontes, o ano de 2025 foi de muito trabalho e responsabilidade na Casa Joaquim Nabuco, "sempre com o compromisso de servir aos pernambucanos acima de tudo". 

"A Alepe avançou em pautas importantes para o desenvolvimento do Estado, fortalecendo políticas públicas, o diálogo institucional e o papel do Legislativo. As pautas sociais aproximaram o povo da Assembleia e se consolidaram como um grande sucesso. Iniciativas como o 'Alepe Cuida', o 'Juntos Nos Cuidamos', que bateu recorde de atendimentos, e o 'Alepe Antirracista', premiado nacionalmente pela Unale, se afirmaram como pautas anuais da Casa. Desejo que 2026 siga na mesma sintonia, com ainda mais trabalho, diálogo e dedicação de todos".

Capacitação gratuita

A Escola do Legislativo (Elepe), órgão educacional da Assembleia Legislativa de Pernambuco, também atuou no fortalecimento das ações sociais e gratuitas oferecidas à população do Estado. Foram mais de 30 cursos, somente este ano, voltados para o aprendizados de idiomas, gestão pública, elaboração de projetos e capacitação de recursos públicos, comunicação e oratória, finanças pessoais, inteligência emocional, empreendedorismo, e o programa 'Gestão Conectada' que visa capacitar servidores públicos e lideranças de câmaras municipais e prefeituras.

Reconhecimento nacional

Dentre as várias iniciativas sociais da Assembleia Legislativa, o projeto 'Alepe Antirracista', que faz parte das atividades do mês da Consciência Negra, comemorado em novembro, teve seu reconhecimento premiado nacionalmente. A Casa de Joaquim Nabuco conquistou a 6ª edição do Prêmio 'Assembleia Cidadã' na categoria Projetos Especiais, promovido pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale).

Concorrendo com quase 50 projetos, o 'Alepe Antirracista' foi o campeão por incentivar e dar visibilidade às ações que podem inspirar as casas legislativas do país a realizar projetos inovadores. O projeto envolve diversas ações, incluindo a realização da 'Jornada Alepe Antirracista', a implantação de uma ouvidoria específica para apurar denúncias de violação dos direitos da população negra e a criação da Frente Parlamentar de Combate ao Racismo.

Homenagens e títulos

A Alepe promoveu ainda este ano homenagens a personalidades e entidades que se destacaram em suas áreas de atuação e contribuíram com serviços relevantes para o Estado. Um total de 91 prêmios, honrarias e homenagens foram aprovados, sendo 46 títulos de cidadão pernambucano; 8 medalhas Joaquim Nabuco; 14 obtenções de registro de Patrimônio Cultural Imaterial do Estado e 9 títulos honoríficos.

As Frentes Parlamentares, grupos suprapartidários criados para defender causas específicas, também fizeram o ano de 2025 na Alepe. Um total de 18 colegiados foram aprovados, dentre eles os de defesa dos direitos da primeira infância; da Ferrovia Transnordestina; do Sistema Único de Assistência Social; da moradia popular; dos direitos da população LGBTQIAPN+ e dos hospitais filantrópicos do estado.

SP E GOVERNO FEDERAL DECIDEM INICIAR ROMPIMENTO DE CONTRATO COM A ENEL APÓS NOVO APAGÃO

Os governos federal, estadual e municipal decidiram, após reunião nesta terça-feira (16), iniciar o processo de extinção do contrato com a Enel, concessionária fornecedora de energia elétrica da capital e de cidades da Grande São Paulo. As informações são do g1.

“Não há outra alternativa senão a medida mais grave que existe, que é a decretação de caducidade. Nós estamos mandando elementos para o Ministério de Minas e Energia. Vamos mandar isso também para a agência reguladora”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em entrevista após o encontro.

Considerada uma medida extrema, a caducidade (ou extinção do contrato) pode ocorrer quando confirmado que a concessionária descumpre obrigações contratuais e não tem condições de manter a prestação de serviços à população.

“Vamos instar a agência, a gente está falando de uma união importante, que é do governo federal, estadual e Prefeitura de São Paulo, na mesma página, para que o processo de caducidade seja instaurado”, completou.
Alexandre Silveira, ministro de Estado de Minas e Energia, disse que a Enel perdeu as condições de estar à frente do serviço de concessão de energia elétrica na capital e na Grande São Paulo. Ele destacou que a visita ao governador foi uma determinação do presidente Lula (PT).

“Estamos completamente unidos — governos federal, estadual e do município — para que a gente inicie um processo rigoroso, regulatório. Esperamos que a Aneel possa dar resposta o mais rápido possível ao povo de São Paulo, implementando e iniciando o processo de caducidade que vai resultar, com certeza, na melhoria da qualidade do serviço de distribuição, que o mais sensível do setor elétrico”, destacou o ministro.

O g1 entrou em contato com a concessionária e aguarda posicionamento a respeito da reunião.

O Procon Paulistano, da Prefeitura de São Paulo, aplicou uma multa de R$ 14,2 milhões à concessionária Enel “por falhas graves e estruturais na prestação do serviço, especialmente as ocorridas entre os dias 8 e 10 de dezembro”.

O apagão na Grande São Paulo aconteceu após um vendaval histórico que provocou quedas de árvores, cancelamentos de voos e desligamento de semáforos por toda São Paulo. No auge, na quarta-feira (10), mais de 2,2 milhões de clientes ficaram no escuro. Segundo boletim da Enel das 18h54 desta terça (16), havia 79 mil imóveis sem luz na região metropolitana.

“A empresa já havia sido notificada anteriormente sobre as falhas detectadas, mas não adequou sua conduta para atender à exigência de manutenção do serviço de forma contínua, adequada, eficiente e segura”, apontou o Procon.

Acrescentou ainda que “a autuação é resultado da análise de reclamações registradas por consumidores e da apuração técnica realizada pelo órgão de defesa do consumidor, que constatou o descumprimento de normas previstas no Código de Defesa do Consumidor”.

Entre os problemas encontrados, estão: falhas no atendimento, interrupções no fornecimento e ausência de informações adequadas aos usuários. O Procon Paulistano destacou que a Enel “deixou de assegurar a continuidade e a eficiência do serviço essencial, além de não atender plenamente às demandas dos consumidores afetados, o que caracteriza infração à legislação vigente”.

Agora, a concessionária será notificada e terá 20 dias para apresentar defesa administrativa.

O que diz a Enel sobre a multa

Em nota, a Enel disse:

“A Enel Distribuição São Paulo reitera que, nos dias 10 e 11, a companhia enfrentou um ciclone extratropical com o vendaval mais prolongado já registrado na região. As rajadas sucessivas de vento perduraram por até 12 horas e atingiram um pico de 82,8 km/h no Mirante de Santana. Radares do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) chegaram a registrar 98,1 km/h na Lapa.

As condições climáticas causaram impactos severos na rede elétrica, atingida por quedas de galhos, árvores e outros objetos arremessados pela força contínua dos ventos. Desde a manhã de quarta-feira (10), a Enel mobilizou um número recorde de equipes em campo, chegando a quase 1.800 times ao longo dos dias.

No domingo à noite, a operação da distribuidora voltou ao padrão de normalidade, com o restabelecimento do serviço para os clientes afetados pelo ciclone nos dias 10 e 11. No momento, equipes atuam para atender casos registrados nos dias seguintes ao evento climático”.

R$ 374 milhões em multas da Aneel
A Enel SP já recebeu R$ 374 milhões em multas aplicadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) desde 2020 por conta da má prestação de serviços na área de concessão da Grande São Paulo, mas ainda não pagou mais de 92% desse valor, segundo levantamento da própria agência.

Envolta em mais uma crise que deixou os paulistas cinco dias sem luz, a empresa judicializou ou ainda não pagou mais de R$ 345,4 milhões em multas devidas à agência.

Esse total de multas ainda não inclui o apagão dessa semana, que, no pico, chegou a deixar mais de 2,2 milhões de endereços sem energia. A Aneel já pediu explicações para a companhia. (Veja mais abaixo)

A Enel é a empresa responsável pela distribuição de energia elétrica na capital e Grande São Paulo. Já a Aneel é o órgão federal responsável por regular, fiscalizar e supervisionar o setor de energia elétrica no Brasil. Em São Paulo, a fiscalização da Aneel é feita pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), que tem termo de cooperação assinado com a Aneel para tanto e representa a agência nacional em território paulista.

A reportagem também procurou a Enel para comentar as multas aplicadas pela Aneel e ainda não pagas, mas ainda não recebeu retorno.

Além disso, na noite de sexta (12), a Justiça comum de São Paulo determinou que a Enel restabelecesse imediatamente o fornecimento de energia. A decisão previu uma multa de R$ 200 mil por hora em caso de descumprimento.

A Enel foi notificada no sábado (13), às 15h, sobre a decisão e tinha o prazo de 12 horas para cumprir a sentença, sob multa de R$ 200 mil por hora. Entretanto, a energia foi considerada normalizada apenas na noite de domingo (14).

O g1 procurou o Ministério Público de São Paulo, autor da ação, para saber quando vai ser cobrado de multa em razão desse atraso, mas ainda não recebeu retorno.

Desde 2020, foram cinco multas aplicadas pela Aneel na Enel SP. Duas delas foram pagas e somam cerca de R$ 29 milhões. As demais ainda estão pendentes no sistema da agência.

A última multa aplicada foi em outubro do ano passado e foi no valor de R$ 83,7 milhões. A infração está em fase de recursos dentro da própria agência, já que foi lavrada só no mês de outubro de 2025.

A infração mais pesada foi em 2023, quando a Aneel aplicou 165,8 milhões em multas conta a concessionária, mas a empresa contestou a infração na Justiça e ainda não fez o pagamento. No total, a Enel SP já judicializou R$ 261,6 milhões em multas aplicadas.

Em todo o país, nos três estados onde a Enel atua (SP, RJ e CE) a Aneel já aplicou R$ 626,2 milhões em multas à concessionária.

Multas aplicadas à Enel SP

Total de multas: 5
Multas pagas: 2 (R$ 29 milhões no total)
Judicializadas: 2 (R$ 261,6 milhões no total)
Ainda em fase de recurso na agência: 1 (R$ 83,7 milhões)
Total de não pagas: 3 (R$ 345,4 milhões)

TRE-PE SEPULTA AIJE E BLINDA MANDATO DE DONA GRAÇA EM CATENDE

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) encerrou, nesta quarta-feira (17), mais um capítulo da disputa eleitoral em Catende ao rejeitar, por unanimidade, o recurso apresentado pela coligação “Catende Renovada com a Força do Povo”, encabeçada pelo ex-candidato a prefeito Dr. Caio (Avante). Com a decisão, a Corte manteve intacto o mandato da prefeita reeleita Dona Graça (PSD), reafirmando o resultado das urnas nas eleições municipais de 2024.

O julgamento analisou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que atribuía à prefeita e ao seu vice a suposta prática de abuso de poder político e econômico durante a campanha. No entanto, desde a fase de parecer, a tese da coligação derrotada já encontrava resistência no Ministério Público Eleitoral. A Procuradoria Regional Eleitoral se posicionou pelo não provimento do recurso, ao concluir que não foram apresentadas provas consistentes capazes de demonstrar qualquer irregularidade com potencial de comprometer a legitimidade ou a igualdade da disputa eleitoral.

No parecer, o procurador regional eleitoral Adílson Paulo Prudente do Amaral Filho foi categórico ao afirmar que as condutas narradas no processo não ultrapassaram o campo das alegações, carecendo de lastro probatório suficiente para justificar a cassação do mandato. Segundo ele, mesmo se analisadas em conjunto, as acusações não teriam força jurídica nem material para alterar o resultado do pleito, no qual Dona Graça saiu vencedora.

Ao levar o processo a julgamento, a relatora, desembargadora Roberta Viana Jardim, acompanhou integralmente o entendimento da Procuradoria Eleitoral. Seu voto foi seguido pelos demais membros do TRE-PE, que decidiram de forma unânime pela improcedência do recurso e pela manutenção da prefeita no cargo.

A decisão representa mais um revés judicial para Dr. Caio, que buscava reverter, no âmbito da Justiça Eleitoral, o desfecho das eleições. Com o julgamento, o TRE-PE reforça a soberania do voto popular em Catende e encerra mais uma tentativa de contestação do resultado nas instâncias eleitorais, garantindo segurança jurídica e estabilidade ao mandato conferido pelas urnas à atual gestão municipal.

EM BRASÍLIA, GOVERNADORA RAQUEL LYRA GARANTE JUNTO AO DNIT A CONSTRUÇÃO DA VARIANTE DE TORITAMA, NO AGRESTE SETENTRIONAL

Obra vai permitir maior fluidez no tráfego, reduzindo a concentração de veículos na BR-104
Em continuidade às agendas em Brasília, a governadora Raquel Lyra e o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Fabrício de Oliveira Galvão, assinaram, nesta quarta-feira (17), um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para viabilizar a implantação e pavimentação da variante de Toritama, no Agreste Setentrional. A obra prevê a construção de uma via alternativa com extensão de 6,99 quilômetros, entre os km 19,8 e 33, com investimento estimado em R$ 146 milhões, e tem como objetivo melhorar a fluidez do tráfego e reduzir a concentração de veículos na BR-104.

“Acabamos de assinar mais um Acordo de Cooperação Técnica, concluindo uma série de projetos que estamos entregando ao DNIT e fortalecendo a parceria com o governo federal. Já temos parceria para o segundo trecho do Arco Viário Metropolitano, para a duplicação da BR-232, no trecho de São Caetano a Serra Talhada, e agora da variante de Toritama, com o projeto de travessia do município. Tudo isso é muito esperado pela nossa gente. O ministro Renan Filho nos pediu a elaboração desses projetos, e agora estamos fazendo a entrega ao DNIT para que possamos avançar na aprovação e na execução das obras, garantindo mais segurança para o povo pernambucano", destacou a governadora Raquel Lyra. 

Além disso, ao desviar o tráfego de passagem — especialmente de veículos pesados — do perímetro urbano de Toritama, a variante trará ganhos significativos para a população, reduzindo o risco de acidentes e tornando a travessia urbana mais segura. Do ponto de vista econômico e regional, a intervenção fortalece a logística do Polo de Confecções do Agreste, assegurando maior regularidade no transporte de insumos e mercadorias, com impactos positivos na produtividade e competitividade do setor. 

O conjunto de investimentos reforça a parceria entre o governo federal e o Governo de Pernambuco para ampliar e modernizar a infraestrutura viária do Estado. “Já assinamos o Acordo de Cooperação Técnica do segundo trecho do Arco Metropolitano e para os projetos da BR-232. Hoje, assinamos mais um acordo, desta vez para a variante de Toritama e do projeto da travessia urbana do município para a gente fechar esse rol de obras importantes para o estado de Pernambuco com o governo federal. Com isso, vamos virar 2026 com essas obras em andamento", afirmou o diretor-geral do DNIT, Fabrício de Oliveira Galvão.

A variante contribuirá para o crescimento urbano mais organizado e sustentável, preservando a função da BR-104 como via de integração regional e preparando a infraestrutura viária para a demanda futura. “A variante de Toritama vai permitir que o tráfego flua com mais liberdade, reduzindo a concentração de veículos na BR-104, que hoje sofre com congestionamentos frequentes. Essa intervenção melhora a circulação, diminui o tempo de deslocamento e garante mais segurança e eficiência para quem utiliza a rodovia", explicou o secretário de Mobilidade e Infraestrutura, André Teixeira Filho.

Fotos: Divulgação