sábado, 15 de novembro de 2025

MORRE MILTON BIVAR PRESIDENTE DO SPORT NA HISTÓRICA COPA DO BRASIL 2008

Morreu, nesta sexta-feira, 14 de novembro de 2025, o ex-presidente rubro-negro Milton Bivar. A informação foi divulgada pelo repórter Antônio Gabriel, da Rádio Jornal. Ele dirigiu o Sport no histórico título de 2008, além do título pernambucano de 2007.

Nas redes sociais, o Sport lamentou o falecimento do ex-dirigente e ressaltou a história dele no clube. Além do inesquecível biênio de 2007-2008, Milton ocupou os cargos de vice-presidente de futebol em 2006 e 2013 e presidente do Conselho Deliberativo em 2009 e 2010.

No ano de 2019, retornou ao comando do Executivo e dirigiu o clube entre os anos de 2019 e 2021. Em seguida, se afastou do dia a dia do Sport.

"É com imenso pesar que recebemos a notícia do falecimento de Milton Bivar. Um dos maiores dirigentes do Leão, que carregou as cores rubro-negras com muita honra, determinação e dedicação", afirmou.

"A biografia de Milton se mistura com a do Sport ainda jovem, por conta do pai, de mesmo nome, presidente do Clube nos anos 50. Desde cedo na Ilha do Retiro, ingressou na vida do Leão para não sair mais. E fazer história, com diversos títulos, dentre eles o da Copa do Brasil", completou.

O Sport ainda exaltou os títulos obtidos por Milton Bivar como dirigente do Sport. Ele tinha 73 anos e estava lutando contra um câncer, de acordo com a nota oficial do clube rubro-negro.

"Foi vice-presidente de futebol em 2006, presidente do Sport no biênio 2007-2008, presidente do Conselho Deliberativo no biênio 2009-2010, vice-presidente de futebol em 2013 e presidente em 2019, 2020 e 2021", disse.

"Na galeria de troféus, portanto, destacam-se a Copa do Brasil de 2008, três acessos e os pernambucanos de 2006, 2007, 2008 e 2019. Milton Bivar deixa um enorme legado – de títulos a resistência. Ele sempre será lembrado por suas conquistas, sua paixão e fervor. Obrigado, Milton", concluiu o clube, em nota oficial.


sexta-feira, 14 de novembro de 2025

CÁSSIA DO MOINHO ROMPE COM GRUPO GOUVEIA E ABALA ESTRUTURA POLÍTICA DE CARPINA


A cena política de Carpina ganhou novos contornos na tarde desta quinta-feira (13), quando a vereadora Cássia do Moinho (MDB) confirmou oficialmente sua saída do grupo liderado pela prefeita Eduarda Gouveia (Podemos). O movimento, que já vinha sendo ventilado nos bastidores e alimentando especulações intensas nos últimos dias, agora é fato consumado — e com potencial para redesenhar o equilíbrio de forças no município da Mata Norte.

A ruptura não apenas encerra um ciclo de alinhamento entre Cássia e a gestão municipal, como também sinaliza sua provável migração para o campo da oposição. A mudança tem peso político expressivo: a vereadora foi eleita na chapa que hoje sustenta justamente o bloco adversário da prefeita, criando um cenário de reposicionamento estratégico capaz de influenciar articulações futuras e até mesmo o clima pré-eleitoral.

Embora tenha oficializado publicamente sua desvinculação da base governista, a parlamentar ainda não detalhou as razões que a motivaram a tomar essa decisão. A expectativa nos meios políticos é de que Cássia do Moinho apresente um pronunciamento mais robusto nas próximas horas ou dias, explicitando os fatores que a levaram a se afastar do grupo Gouveia e esclarecendo como pretende se posicionar daqui para frente.

A mudança de rota promovida pela vereadora impacta diretamente a composição de forças na Câmara Municipal, onde cada cadeira pode alterar rumos, alianças e a própria governabilidade. Com seu anúncio, Carpina se vê diante de um tabuleiro político mais instável, em que novas articulações podem emergir e antigos acordos podem perder sustentação.

A decisão de Cássia do Moinho, já considerada um dos movimentos mais significativos da política carpinense em 2025, abre um período de expectativa e reposicionamentos — e coloca sob os holofotes a relação entre Executivo e Legislativo em um momento crucial para o município.

CPRH REALIZA NOVA OPERAÇÃO DE COMBATE ÀS CONSTRUÇÕES IRREGULARES NA MATA DO FRIO, EM PAULISTA

                                                    
A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) realizou, na última quinta-feira (14), a segunda etapa da operação de combate ao desmatamento ilegal na área da Mata do Frio, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. No momento da fiscalização, os fiscais constataram a supressão de vegetação sem autorização, além da continuidade de construções irregulares. Para evitar o prosseguimento dos crimes ambientais, cinco estruturas em alvenaria foram demolidas com o apoio de retroescavadeiras. O material de construção foi recolhido e encaminhado a um aterro sanitário.

Foi a segunda ação da Agência no local em um período de 30 dias. No último dia 29 de outubro fiscais da Agência estiveram na região e interromperam construção irregulares que estavam em andamento. Na visita desta quinta-feira (14) foi constatado que as obras foram retomadas. A Mata do Frio é uma Unidade de Conservação Municipal com uma área de 42,7 hectares do bioma Mata Atlântica de relevante interesse ecológico, por esta razão, qualquer atividade no local precisa de autorização e licenciamento ambiental.  

De acordo com o diretor de fiscalização ambiental da Agência CPRH, Maviael Torchia, as ações de combate ao desmatamento estão acontecendo de forma integrada com o município. “A Mata do Frio é uma Unidade de Conservação que possui riqueza de fauna e flora. Estamos monitorando a região e vamos continuar fiscalizando, em parceria com a Prefeitura, para coibir os desmatamentos e as ocupações irregulares. A mata precisa ser preservada.”, explicou Maviael. 

A operação foi realizada em parceria com a Prefeitura de Paulista, e com o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) e o 17º Batalhão da Polícia Militar.

MPPE APURA SUSPEITA DE PROMOÇÃO PESSOAL DO PREFEITO DE SERRITA DURANTE A FESTA DO JACÓ

O tradicional festejo que movimenta Serrita todos os anos agora está no centro de um inquérito que pode trazer implicações políticas e jurídicas para o chefe do Executivo municipal. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou uma investigação para apurar se o prefeito Aleudo Benedito (MDB) utilizou a Festa do Jacó, realizada em julho, como palco de promoção pessoal e possível antecipação de campanha eleitoral — prática vedada pela legislação brasileira.

A medida foi oficializada em 31 de outubro, após a Promotoria de Justiça receber relatos acompanhados de vídeos, fotos e declarações que apontariam condutas consideradas, em tese, incompatíveis com o princípio da impessoalidade, que rege todo ato praticado por gestores públicos. Segundo a portaria do MPPE, a análise preliminar dos materiais indica que a condução da comunicação institucional no evento teria ultrapassado os limites legais, transformando uma festa custeada com recursos públicos em vitrine política do prefeito.

Nos autos aos quais a reportagem teve acesso, os denunciantes apontam que a publicidade oficial utilizada durante a festa deu destaque excessivo ao nome e à imagem de Aleudo Benedito. O material reunido menciona projeções em telões, citações constantes por parte dos locutores, além de publicações em redes sociais institucionais da prefeitura com marcações diretas ao perfil pessoal do prefeito — todos elementos que, somados, configurariam promoção pessoal em um evento público.

Vídeos anexados ao inquérito mostram momentos em que o locutor do evento enfatiza obras e ações da gestão municipal, como o pagamento antecipado da primeira parcela do 13º salário, construções de unidades de saúde e pavimentação de ruas. Logo após esse conjunto de anúncios atribuídos ao prefeito, Aleudo é chamado ao palco e recebido com fogos, em um clima que se assemelha à apresentação de uma figura política em campanha. No palco, ele aparece acompanhado de nomes de peso do cenário estadual e federal, entre eles o deputado estadual Aglaison Victor (PSB), o deputado federal André Ferreira (PL) e o ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), que foi apresentado ao público como “futuro senador”.

Os autos também mostram situações que chamaram atenção dos investigadores, como o episódio ocorrido durante o show do cantor Wallas Arrais, no dia 18 de julho. Ao tentar fazer uma homenagem ao prefeito, o artista teria errado seu nome, e a solução encontrada pela equipe teria sido projetá-lo no telão do palco — o que reforçaria a tese de exposição indevida da figura do gestor em um evento público. “Meu amigo Aleudo, você manda e a gente obedece!”, teria afirmado Arrais, segundo o relato contido no processo.

As publicações feitas pelo próprio prefeito também entraram na avaliação do MPPE. Em uma delas, datada de 20 de julho, Aleudo Benedito aparece presenteando o cantor Avine Vinne com um chapéu de couro, gesto realizado logo após o show e registrado em suas redes sociais. Segundo os denunciantes, esse tipo de exposição reforçaria o uso político da festa.

A reportagem procurou a Prefeitura de Serrita através do e-mail oficial da gestão municipal, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. Também foi acionada a assessoria do MDB, partido ao qual Aleudo é filiado, que afirmou não possuir o contato do prefeito para prestar esclarecimentos.

Enquanto o MPPE avança na investigação, o caso repercute entre moradores e lideranças locais, reacendendo o debate sobre os limites éticos e legais na promoção de gestores em eventos financiados pelo erário. O desfecho do inquérito poderá definir se as ações configuram, de fato, improbidade administrativa — ou se o episódio será arquivado após a análise das provas.

GOVERNO DE PERNAMBUCO ANUNCIA SELEÇÃO PÚBLICA SIMPLIFICADA DE 55 TÉCNICOS DE ADMINISTRAÇÃO PARA A UPE


O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Administração (SAD) e da Universidade de Pernambuco (UPE), anuncia a abertura das inscrições para a seleção pública simplificada destinada à contratação temporária de 55 técnicos em administração. O edital será publicado na edição do Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (14). As inscrições podem ser realizadas no período de 19 de novembro até o dia 21 de dezembro no endereço http://www.upenet.com.br.

A secretária de Administração do Estado, Ana Maraíza, enfatizou a importância do certame. “A partir desta seleção pública, o Governo de Pernambuco, por meio da SAD, contribui para o aperfeiçoamento das atividades realizadas pela UPE, trazendo benefícios para os alunos, professores e a população”, destacou. A oportunidade disponibiliza atuação na reitoria da UPE e nos campi Santo Amaro, Benfica, Mata Norte, Mata Sul, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Serra Talhada, Salgueiro e Petrolina.

De acordo com o edital, a carga horária é de 30h semanais, em regime de trabalho de diarista, com remuneração de R$1.518,00. Os profissionais selecionados serão responsáveis por elaborar relatórios periódicos para subsidiar estatísticas e planejamento, realizar pesquisas para subsidiar estudos sobre programas de racionalização administrativa, redigir documentos, prestar suporte às atividades acadêmicas e de gestão, além de outras atividades. A seleção pública simplificada é composta por etapa única, de caráter classificatório e eliminatório, de avaliação curricular

O edital também informa que a contratação temporária terá duração de até 12 meses, renováveis por igual período, até o prazo máximo de seis anos, observados os prazos da Lei 14.547/2011. Ainda de acordo com o documento, o resultado da seleção simplificada será divulgado no dia 24 de fevereiro. 

Foto: Crédito - Mirva Filho 

DECISÃO DO TRE-PE E NOITE DE DEBOCHE TRANSFORMAM ROSSINE NO NOME MAIS FORTE E RESISTENTE DA POLÍTICA LOCAL

A decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), que manteve a inelegibilidade do delegado Rossine Blesmany (Podemos) por oito anos, desencadeou uma reação intensa e sem precedentes em Pesqueira. Embora ainda caiba recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a sentença provocou um terremoto político imediato. Mas o que realmente marcou a cidade não foi apenas o julgamento, e sim o que veio depois: uma noite que escancarou excessos, deboches e provocou uma revolta profunda que fortaleceu Rossine muito além do que qualquer adversário poderia imaginar.

Poucas horas após a decisão, parte dos opositores tomou as ruas com uma comemoração que fugiu completamente do que se espera em uma democracia saudável. Paredões de som, carros circulando em ritmo de provocação, fogos, buzinaços e palavras ofensivas atravessaram a madrugada, ecoando em bairros inteiros até momentos em que muitas famílias tentavam descansar. A algazarra foi percebida não como um ato de alegria, mas como um ataque direto — não apenas a Rossine, mas aos seus milhares de eleitores. Para muitos moradores, inclusive simpatizantes de lideranças tradicionais, o tom das ofensas e do deboche passou de qualquer limite aceitável, transformando a celebração em um espetáculo de humilhação pública.

E foi justamente essa atitude exagerada que mudou completamente o cenário político. A madrugada de provocação produziu um efeito reverso poderoso: vitimizou Rossine de forma ainda mais profunda e despertou na população um sentimento de injustiça que se espalhou como fogo. O delegado, que já era uma das figuras mais expressivas da cidade, amanheceu transformado em símbolo de resistência, um líder que — na visão de grande parte dos pesqueirenses — foi “assassinado politicamente” por forças que têmem perder privilégios. Muitos moradores afirmam que, enquanto Rossine sonhava com dias melhores para Pesqueira, seus adversários teriam passado anos empurrando processos, atrasando decisões e zombando da esperança que ele reacendeu no município.

As redes sociais se tornaram um campo de indignação. Comentários, vídeos, relatos e manifestações espontâneas mostraram que não apenas os eleitores tradicionais de Rossine estavam revoltados, mas também pessoas que nunca tinham votado nele e que, desta vez, se solidarizaram com o que classificaram como uma injustiça histórica. O que era para ser o enfraquecimento de um adversário político se transformou no fortalecimento absoluto de um nome que agora se firma como o mais influente da cidade.

Mesmo diante da inelegibilidade, Rossine surge mais forte do que nunca. Aos 55 anos, está longe de um fim político — pelo contrário, ganha uma nova fase. Caso o TSE mantenha a decisão, ele não se tornará irrelevante: será o maior cabo eleitoral da região, uma espécie de guia político capaz de decidir rumos de eleições apenas com sua palavra. Sua influência cresce justamente porque a população percebeu, na noite de excessos e insultos, a tentativa de apagá-lo de forma injusta. Em vez de eliminado, Rossine saiu engrandecido. Em vez de derrotado, saiu gigante.

A cidade de Pesqueira amanheceu tensa, dividida e profundamente mobilizada. Mas há algo em comum entre os dois lados: todos reconhecem que Rossine é, hoje, o nome mais poderoso do município. Seus adversários talvez tenham comemorado cedo demais, porque a história está longe de terminar. E, se depender da força popular que emergiu nas últimas horas, Rossine continuará sendo o centro da política local — na urna ou fora dela, como líder, referência e símbolo.

O episódio que deveria sepultar sua trajetória, na prática, reescreveu seu papel na história recente de Pesqueira. Rossine sai não apenas vivo, mas maior, mais forte e mais respeitado pelos que viram na madrugada barulhenta uma confirmação de que a cidade ainda tem muito a enfrentar — e de que ele, mesmo ferido, continua sendo a voz mais alta e mais influente de todas.

SILVIO COSTA FILHO EXPÕE FORÇA POLÍTICA AO LADO DE LULA EM INSERÇÃO DO REPUBLICANOS E DESTACA PACOTE DE INVESTIMENTOS FEDERAIS PARA PERNAMBUCO

Em um movimento que reforça sua força política dentro e fora de Pernambuco, o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), protagonizou a primeira inserção partidária do Republicanos no segundo semestre, exibida nesta sexta-feira (14) nas TVs e rádios do Estado. O programa trouxe como eixo central o alinhamento do ministro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o impacto dos investimentos federais na vida dos pernambucanos.

A peça publicitária evidencia o que o governo Lula vem destravando no Estado: obras estratégicas, programas sociais ampliados e ações estruturadoras que voltaram a ganhar ritmo graças à articulação política de Silvio. A Transnordestina, por exemplo, que durante anos esteve paralisada, foi retomada após negociações conduzidas diretamente pelo ministro. Também entram no pacote o Arco Metropolitano do Recife e as duplicações e recuperações das BRs 104, 232 e 423 — corredores essenciais para o escoamento de cargas e a mobilidade regional.

Outro ponto destacado são os avanços na educação e na habitação. O vídeo cita a construção de novos Institutos Federais em Pernambuco, ampliando o acesso à formação técnica e superior no interior e na Região Metropolitana. Já a expansão do Minha Casa, Minha Vida promete contemplar milhares de famílias, fortalecendo a política habitacional e gerando empregos no setor da construção civil.

A inserção também chama atenção pelo protagonismo que Lula confere ao ministro. Em tom pessoal e elogioso, o presidente reconhece publicamente o desempenho de Silvio Costa Filho no comando da pasta. “Eu quero parabenizar o companheiro Silvio Costa, que eu escolhi para ministro de Portos e Aeroportos, e ele tem, sinceramente, dado um show no trabalho dele. E é um companheiro que só trabalha para fazer as coisas acontecerem”, afirma o petista.

A fala reforça a posição de Silvio como um dos principais interlocutores do Governo Federal em Pernambuco e um dos nomes mais influentes da atual gestão na atração de investimentos. A peça termina com a mensagem que resume a narrativa construída: “É Silvio trazendo mais emprego, renda e desenvolvimento econômico e social para Pernambuco”.

Com forte apelo político e institucional, a inserção consolida a imagem do ministro como ponte entre Brasília e o Estado, num momento em que as movimentações para 2026 começam a ganhar forma nos bastidores.

FEDERAÇÃO SOLIDARIEDADE-PRD ARTICULA CANDIDATURA AVULSA DE MARÍLIA ARRAES AO SENADO E REDESENHA TABULEIRO POLÍTICO EM PERNAMBUCO

As movimentações em Brasília envolvendo a Federação formada pelo Solidariedade e pelo PRD ganharam novos contornos e reforçaram a percepção de que o cenário eleitoral de 2026 em Pernambuco está longe de definido. Além da articulação para lançar Marília Arraes como candidata avulsa ao Senado — um movimento que por si só já mexe nas estruturas políticas do Estado —, as negociações passaram a incluir uma peça adicional que amplia o impacto da estratégia: a candidatura de Josafá a deputado federal, agora com potencial para atrair outros nomes expressivos, entre eles o deputado Fernando Rodolfo (PL).

A engenharia política construída na capital federal prevê que Marília concorra ao Senado de maneira independente, sem compor formalmente a chapa majoritária de João Campos (PSB), mas com liberdade para apoiá-lo na disputa pelo Governo de Pernambuco. Essa articulação garante à petista dissidente uma posição estratégica, permitindo-lhe dialogar com diversos segmentos políticos e ampliar seu alcance eleitoral sem amarras tradicionais.

O deputado Luciano Bivar, por sua vez, seria o primeiro suplente de Marília. A escolha de Bivar para ocupar essa vaga não é apenas simbólica: ao se colocar como suplente e abrir mão da reeleição à Câmara Federal, ele libera seu robusto conjunto de bases eleitorais para fortalecer a candidatura de Josafá. Esse rearranjo cria uma nova linha de força dentro da Federação e aumenta a densidade do grupo na disputa proporcional.

Com essa abertura, Josafá passa a ser visto como um polo de atração dentro do campo conservador e dos partidos alinhados à direita. O nome que surge com maior força nesse movimento é o do deputado federal Fernando Rodolfo, atualmente no PL. Rodolfo, que já possui capital político consolidado no Agreste e tem sua esposa exercendo a função de vice-presidente estadual do partido, poderia ser atraído pela perspectiva de uma estrutura mais sólida, garantia de bases compartilhadas e maior segurança eleitoral num ambiente onde a disputa interna do PL tende a se intensificar.

Para setores que acompanham de perto as articulações, a chance de Rodolfo migrar para fortalecer um bloco proporcional liderado por Josafá não deve ser descartada. A presença de Luciano Bivar como avalista desse projeto adiciona peso institucional e amplitude ao movimento, oferecendo uma alternativa competitiva e bem estruturada para quem busca renovar espaço na Câmara Federal.

Esse conjunto de fatores amplia significativamente o impacto da possível candidatura avulsa de Marília Arraes. Ela deixaria de ser apenas uma solução estratégica para o Senado e se transformaria em eixo de reorganização de forças políticas, com efeitos diretos tanto na disputa majoritária quanto na proporcional. A Federação Solidariedade-PRD, antes vista como uma composição modesta, desponta agora como articuladora de um bloco capaz de influenciar diretamente o mapa eleitoral de Pernambuco.

Além disso, o gesto de Marília em apoiar João Campos — mesmo sem integrar uma chapa oficial — reforça a possibilidade de um alinhamento pragmático com o PSB, sem que isso reduza sua autonomia política. Para João Campos, esse apoio informal representa a chance de conectar sua candidatura ao governo com diferentes segmentos do eleitorado, inclusive parte da base que tradicionalmente acompanha Marília.

Enquanto as negociações seguem em estado avançado, mas ainda sem anúncio oficial, cresce em Brasília a percepção de que essa costura pode ser um dos movimentos mais decisivos do xadrez político pernambucano. Se concretizadas, as articulações reordenarão forças, abrirão novas frentes e poderão, inclusive, alterar o comportamento de figuras importantes como Fernando Rodolfo, trazendo efeitos de cascata para outros partidos e lideranças regionais.

O tabuleiro está aberto — e apenas aguarda o momento certo para que as peças comecem a se mover oficialmente.